Aos 21 anos, Íris enfrentava o fim de um casamento
imaturo, realizado ainda na adolescência, no auge de uma forte paixão.
Desde criança era assim, tudo que fazia era com muita
paixão e total entrega. Se estendia ao exagero.
Era uma garota alegre, apaixonante e apaixonada pela
vida. Aproveitava todos os momentos. Tinhas muitos amigos e ganhou do pai o
apelido de girassol, uma flor com características simbólicas que se
assemelhavam ao seu temperamento.
Do casamento herdou um filho, que a estimulou muito
mais a ser o que era, alegre e extrovertida, sem no entanto, deixar de lado sua
responsabilidade de mãe.
Não tinha ajuda do pai da criança, mas dizia que era
forte suficiente, e assim continuava deixando de lado os direitos que eram seus
e de seu filho. Eles não se viam. Ela apenas dava notícias da criança para no
caso dele querer ver o filho, e não lhe imputar a culpa de que ela o
impedia.
Ele sempre dizia que iria ver, mas precisava esperar,
pois a nova esposa tinha ciúmes de Íris e do elo que os ligava.
Íris seguia a vida. Trabalhava, se sustentava, e
pagava uma pessoa para olhar seu pequeno. Percebeu que o filho não era tão bem
cuidado como recomendara, questão principal para Íris.
Em conversas com seus pais, que moravam sozinhos,
contou sua preocupação.
Os pais a convidaram para morar com eles e acertaram
as despesas.
Íris não se importava, entregava todo o dinheiro em
casa e sua mãe lhe dava o que ela precisava. O importante era ter segurança de
que seu filho estaria sendo amado e bem tratado.
Trabalhava em uma empresa Internacional, e pela
competência e destaque, foi direcionada a fazer um curso de inglês para que
progredisse na empresa.
Conheceu um rapaz de outro País que estudava
português. Paixão fatal entre os dois. O que faltava à Íris acabava de chegar.
Sua vida amorosa agora tinha um norte, um motivo, uma razão para rir e ser mais
feliz.
Começaram a fazer planos. Iriam morar juntos, talvez
no futuro casar. Estava tendo sua segunda chance.
Mudou-se para o apartamento de seu namorado, sua
paixão. Viviam às mil maravilhas. Um encantamento total dos dois. O menino se
dava bem com o futuro padrasto. Gostava dele, da referência paterna que se
desenhava no relacionamento.
O namorado queria voltar para sua terra. Íris pedia
para ele esperar um pouco mais. Estava feliz no trabalho e tinha medo de que o
filho não se adaptasse bem à nova vida.
Cada dia mais apaixonada, vivia tudo que sonhou com
seu amor. Via seu filho contente e isso lhe bastava.
Em meio a felicidade de Íris, uma sombra começou a
pairar. O pequeno gostava de fazer suas refeições frente à TV. Isso incomodava
o namorado de Íris, que não concordava, dizia que não estava certo e que ela
deveria educar melhor o menino.
Íris prestava atenção e dizia que iria pensar, pois o
garoto não se alimentava bem, como acontece com a maioria das crianças, e a TV
o distraía.
Devido ao trabalho, algumas vezes se atrasava um pouco
e quando chegava, o namorado já havia jantado com o pequeno.
Íris começou notar um comportamento arredio do filho
em relação ao padrasto. Ligou suas antenas e começou a prestar atenção no que
estava à sua volta.
Descobriu que estava certa em sua desconfiança.
Em sua ausência, o namorado tratava o pequeno de forma
rude, forçando o garoto a se comportar como ele queria.
Eles conversaram e ele lhe disse que era por amar
muito o menino. Que queria ele bem-educado e tudo mais. Íris deixou bem claro
que não admitia, que o direito de corrigir o filho, era só dela, não transferia
o privilégio para mais ninguém.
Confirmou então a forma dominadora e agressiva que seu
namorado lidava com o menino quando ela não estava por perto.
Iris foi tomada de grande desapontamento.
Não precisou medir e nem avaliar. A decisão estava
tomada sem uma segunda chance.
Saiu sem despedida. Voltou para a casa de seus pais
onde seu filho tinha o avô lhe sendo como um pai, a avó cuidadosa e carinhosa e
eles se completavam.
Hora de encarar a nova realidade. Acreditar que a vida
tem seus caminhos e nós temos nossas escolhas. A vida também nos dá incontáveis
chances.
Doeu. Sofreu. Mas superou com a certeza de que tudo
valia a pena em nome de um AMOR MAIOR.
E você, faria diferente de Íris?
11 comentários:
Um alerta para país e mães que têm novos relacionamentos.
Filhos crescem muito rápido e a educar filhos com amor formam adultos equilibrados e felizes
Essa história é um alerta. Concordo com o comentário de Pantera2012.
Eu não tenho filhos, mas agiria igualmete à Íris.
Proteger é para quem valoriza um amor maior.
Muito boa a hisótiria, Cinco Cantos!
Faria igual a Iris. Ainda dava uns tapas nesse namorado sem noção.
Proteger é um to de amor. Infelizemnte, tem pessoas que trocam
o amor dos filhos por pessoas passageiras. Apoio total a Íris!
Nessa hstória temos três situações corriqueiras com a mairoia
das famílias que se separam:
1 - o pai irresponsável que esquece que fez a criança também;
2 - a nova mulher(ou o homem) que tem ciúmes e não respeita a história
da outra pessoa;
3 - o novo (a) que entra na história querendo fazer tudo de seu jeito.
Infelizmente nem todos (as) colocam o amor pelos filhos como amor maior.
Parabéns ao blog.
Como sempre uma história interessante e bonita, principalmente pela atitude de Iris.
As pessoas que chegam depois de um relacionamento devem respeitar os conceitos e atitudes da criação que estava sendo conduzida e não querer impor a sua maneira de ver as coisas do mundo.
Concordo as opiniões dos demais, o "alerta", o respeito à criança antes de tudo.
Parabéns Cinco Cantos.
Não. "Escolhas, elas me definem". E a escolha da Íris foi por um bem maior.
Agiria igualmente Íris. O filhos são para vida toda é um dever de protege-los. Um namorado aparecerá em outras oportunidade.
Gostei muito da atitude de Íris.
Quer ver fera? Mexa com meus pequenos. Concordo muito com Íris que agiu muito bem. Gostei muito da história e da atitude d Íris.
Cinco Cantos agradece a visita e a opinião de Pantera 2012, Lea, Cecilia, Janete, Eduardo, Vida, Rochela e Mical.
Realmente uma historia que remete a decisões drásticas, entretanto corretas.
Lembramos que as histórias são reais e que já publicamos uma nova historia.
Agradecemos novamente o carinho e o prestigio.
I agree with Iris - parenthood is a tough job, and a good parent keeps the well being with their children above all else.
Concordo totalmente com a opinião da Janete. Os pais que priorizam a vida amorosa ao filho, esquecem que esses filhos crescem e viram adultos com memórias das escolhas dos pais.Íris fez o certo, é uma mãe de verdade.
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