terça-feira, 24 de maio de 2022

As Flores que Plantei.

 


Os sonhos estão sempre presentes em nossa vida, diferentes sonhos, e alguns deles conseguimos realizá-los, por sorte, por conquista ou muita luta.

Mas eles estão lá, esperando o seu resgate da fantasia, querendo sempre vir para a realidade e muitas vezes não conseguem. 

Mas, longe ou perto, eles têm a força de nos alimentar e nos fazer viver essa esperança. 

Foi assim com Nara. Vivia em seus sonhos e lutava por eles.

A família era pequena mas viviam com pouco conforto e pouca oportunidade de mudança.

Nara sonhava e acreditava que o esforço traria a sorte; que estudar lhe daria uma vida melhor e poderia ajudar os seus.

Os irmãos não tinham essa mesma força, mas isso não desanimava nossa Nara, e se empenhou para fazer um curso superior.

Trabalhava e estudava. Se matava, mas não esperava acontecer. Ia sempre atrás do que queria, estudar e trabalhar era sua bandeira.

Quem disse que não conseguiu? Conseguiu, sim. Formou-se em Assistência Social e começou uma segunda batalha: vencer um concurso público.

Sua meta agora era vencer ou vencer. Com isso talvez incentivasse os irmãos acostumados com o que a vida lhes dava.

Nara pensava diferente. A vida não dá nada para niguém. No máximo ela te oferece. Se você quiser precisa ir buscar. 

Assim, conseguiu vencer mais uma etapa, subir mais um degrau que a levasse ao que queria para sua vida e da sua família. Sempre pensando neles.

Esse esforço para resolver essa questão, lhe tirara um pouco do tempo de pensar em outros sonhos: amar, casar, ter seus filhos, sua casa...

Mas nunca é tarde quando se tem vontade e determinação.

Conseguiu a casa primeiro.

Agora queria conquistar seu amor, e o outro lado da moeda que não conhecia, o lado do divertimento.

Fez amigos, saía, passeava, se divertia, conheceu pessoas e sentiu o gosto do amor pela primeira vez.

E num grupo de amigos conheceu Frank, um estrangeiro em trabalho em seu país.

Não foi difícil se apaixonar, estava de coração aberto e Frank, era falante, bonito e atraente o suficiente para chamar sua atenção.

O link dos dois foi imediato e com ele, passou ter uma vida como sempre quis.

Foram morar juntos e faziam planos de casar. Talvez ficassem por lá mesmo ou fossem morar no país de Frank. Nesse ponto, estarem juntos era o principal. O resto... bem, o resto se resolveria, não tinha mais como voltar.

Sentiu-se a mulher mais feliz do mundo quando engravidou. Frank queria um filho homem e ela rezava para que fosse feita a vontade de seu querido.

Não queria desapontá-lo, esqueceu que não é em tudo que temos o poder de escolha.

Nessa época conheceu Zita, ficaram amigas inseparáveis, um encontro de almas entre as duas, era o que diziam. Se davam bem, se ajudavam e Frank também se dava bem com ela. 

A barriga crescendo e Zita estava lá, ao lado da amiga quando o marido viajava, a ajudando a viver o sonho do primeiro filho com tudo que a mamãe sonhava.

Embora fosse uma pessoa legal, Frank era desligado, machista e achava que isso era coisa de mulher. Não era participativo tanto quanto Nara desejava, queria mesmo ver a cara do bebê só quando ele chegasse e se apresentasse.

Nara sentia um certo desapontamento, mas a amiga Zita estava lá para dar a força que se precisa nesses momentos.

Numa das viagens de Frank, nasce Thomas, o filho homem que ele tanto queria. 

A amiga Zita fez o lugar dele ao lado da amiga, ajudando a recepcionar o filho dela e seu afilhado, obviamente.

Anunciou ao papai a chegado do bebê: − Parabéns, maluco, teu filho chegou!

— Filho?  Disseste filho? Então é homem igual ao pai?

Ha ha ha, não sei se o pai dele é homem, mas o filho é. – Provocou Zita.

— Fala ai, jure para mim que não é brincadeira tua. Olha que quando voltar te mato!

—Jurar eu não juro não, minha religião não permite, mas parece que é sim. Se duvida vem aqui ver. Foi!

Poucos dias depois chegou para ver o filho. Felicidade era nome pequeno perto da alegria que sentia.

Também, a amizade de Nara e Zita, só crescia e se firmava, passaram por bons e maus momentos juntas, sempre uma apoiando a outra.

Dessas surpresas que atravessam nosso caminho, Zita mudou-se para outra cidade. Partiu desolada pela amiga e pelo afilhado a quem se apegara.

Continuaram mantendo contato frequente, era uma amizade forte, que as raízes são fincadas no solo, resistente a qualquer vendaval.

Logo começaram a chegar os lamentos de Nara sobre Frank. Parecia que as coisas não iam muito bem e a amiga tentava minimizar a situação.

Enfim, o prazo de trabalho de Frank fora de seu país chegou ao fim. Zita tentou ajudar no visto de permanência para ele, mas acostumado a ganhar bem, não queria um trabalho ganhando pouco e voltou para seu país.

Resolveram que ele iria para sua terra juntar algum dinheiro e voltaria para se instalar no comércio e ter um negócio próprio.

Os anos foram se passando e Frank mudou de idéia, já não visitava a família com frequência, isso custava dinheiro em sua opnião e foi deixando o tempo passar. 

Estava bem instalado e pedia para Nara mudar-se de vez, mas ela resistia.

Thomas já estava com 5 anos de idade e sentia falta do pai, embora se falassem ao telefone todos os fins de semana.

Estava perto do Natal e Frank ligou para saber que presente o filho queria.

— Oi, Campeão! Como está tudo aí, está se comportando?

— Estou, pai, mas estou com saudade de você. Quando você vai chegar? Você vem ficar com a gente no Natal?

— Não vou poder, filho. Mas o pai vai mandar o presente que você quiser. Me diga o que você quer e o pai manda hoje o presente que você pedir. 

— Eu quero você.

— Tom, escute, filho. O pai não vai poder ir. Mas estou garantindo, eu mando o seu presente. Pode pedir.

— Não mande nada não. Eu quero você. Eu não quero presente nenhum. – Disse isso e desligou o telefone sem se despedir do pai.

Frank ligou novamente e Nara atendeu.

— Escute aqui Nara, é você que está enchendo a cabeça do menino. Ele nem se despediu de mim. Se você está usando ele para me forçar a voltar, errou, não vou. Espero você aqui se você quiser.

Nara ficou arrasada, triste, isso não era verdade mas mesmo assim se sentiu culpada pela tristeza do filho que estava quieto em seu quarto.

Ligou para Zita  – Amiga, me ajude! O que eu posso fazer nessa situação? Tenho medo de perder meu emprego e não confio em Frank. Ele é hoje e não é amanhã, muda de pensamento rápido. Ir para um lugar que não conheço... me ajude!

— Irmã, primeiro tenha calma. Vamos pensar... por que você não tira uma licença não remunerada do trabalho por um tempo e vai? Assim você pode ver de perto a situação e ajuda o Tom que ama esse pai dele. Se vocês ainda se gostam, tenta.

Esse foi o conselho da amiga que Nara aceitou imediatamente. Tentou a licença e conseguiu se afastar por um ano.

Thomas vibrou com a notícia e quis ligar para o pai naquele momento:  – pai, sabe o Papai Noel? Ele já passou, mas disse que meu presente de ver você está valendo. Nós vamos ficar com você!

Frank ficou feliz e quis confirmar com Nara. Ela confirmou mas achou prudente não contar que estava só afastada do trabalho. Queria sentir de perto como ele estava e como reagia com a presença deles e ela dependendo dele.

Viajaram. Felicidade do Thomas e preocupação de Nara. Por precaução, não se desfez de nada e deixou uma de suas irmãs cuidando da casa.

Encontrou Frank feliz, foi uma boa recepção e ele estava bem instalado comercialmente. E em algumas semanas eles voltaram a se relacionar com o amor que ela pensava tinha esfriado,  passando a ajudá-lo no trabalho também.

Embora esforçado, ele tinha umas saídas misteriosas, e quando ela o questionava virava briga. Ele a chamava de ciumenta e que queria vigiar os seus passos.

O dinheiro começou a escorrer pelo ralo. 

Frank Sempre foi gastador, mas agora estava mais ainda.

Dizia que eram compromissos da loja e que precisava pagar.

Não saiam, não tinham vida social. Era só trabalho e Nara o ajudando muito e ele aproveitando essa ajuda para ficar mais livre.

Passados alguns meses Nara engravidou do segundo filho. Alegria se misturava com a preocupação, mas pensou que com dois filho talvez Frank se tornaria mais reponsável.

Hora de contar a novidade. Ele ficou feliz e mais uma vez disse que queria que fosse um filho homem.

— Eu vou torcer por uma menina – disse Nara.

— Nada disso. Tem que ser mais um garoto!

— Quero que venha com saúde, mas vou torcer por uma menina, você não pensa em termos uma menina? É tão lindo um casal de filhos!

— Nara, veja bem, tem coisas que a gente não conta para não estragar outras.

— Como assim? O que uma coisa tem a ver com a outra?

— Tem tudo. Você sempre me pede para falar a verdade não é?

— Sim – Respondeu Nara. − Então vamos a ela: eu te conheci e te amei. Se eu contasse que tinha uma família aqui você me aceitaria?

— Continue... – disse Nara já pressentindo o que viria a seguir.

Frank contou então que era casado e a família morava numa cidade bem perto dalí, de onde eles estavam, que tinha três filhas adultas, quase na idade de irem para Universidade e era essa a despesa maior que ele estava tendo.

Era um pai ausente e tentava compensar fazendo as vontades das filhas.

A mulher dependia dele, sabia de tudo e não se importava desde que eles não se separassem.

Propôs então os três viverem juntos, na mesma casa, uma família só.

Nara estava prestes a explodir, lembrou do bebê e se controlou. Disse apenas NÃO! Taxativo e definitivo.

A noite Frank a procurou e disse que a mulher estava na sala e que não se importava em conhecê-la e serem amigas.

Frank não conhecia até então a fúria de uma mulher ferida em seus sentimentos, em sua dignidade.

Nara disse tudo que teria dito quando o conheceu, se soubesse a verdade. Ela disse que iria embora e ele a desafiou: − Embora? Como? Com que dinheiro? Com quais documentos? Você nem a língua desse país sabe. E agora com mais um filho meu.

Vá, o Tom fica comigo e depois que esse aí nascer vai ficar também.

Nara foi andar e chorar. Como sentiu falta da amiga Zita... 

Ligou rápido para amiga e pediu que ela a chamasse já que ela não tinha dinheiro para pagar a chamada, mas que precisava falar com ela.

Zita não falhou. Ligou de volta para amiga, que chorava copiosamente.

— Calma, amiga, fale o que aconteceu. Pense no bebê e vamos conversar.

Nara contou tudo e Zita falou para ela esperar uma oportunidade, procurasse uma embaixada, um Consulado, se não conseguisse ela tentaria. 

Sugeriu para ela tentar aparentar calma para que ele não percebesse que ela estava tentando ir embora.

Nara sabia que contava com a amiga até para o dinheiro, caso precisasse. 

Os próximos dias seguiram num clima ruim mas sob controle. Ela pediu dinheiro para ir ao médico e comprar algumas coisas para o bebê.

Assim foi guardando dinheiro sem ir ao médico, a neglicência de Frank, enfim, ajudava em alguma coisa.

Pegou seus documentos de volta e muito calmamente tentou (a conselho de Zita) conversar com Frank mansamente (fazendo das tripas coração), sobre ter o bebê em seu país.

— Sabe Frank, minha gravidez é de risco e conversei com os médicos do hospital e eles concordam que se eu for ter o bebê no meu país será melhor. Tem minha família que pode me ajudar e aqui eu não tenho ninguém, não conheço o idioma...

Como as coisas estavam calmas ele disse que ia pensar. Pensou e concordou.

Nara voltou aliviada para sua terra. Teve seu filho e voltou ao seu trabalho e recomeçou sua luta como mãe solteira, sem contudo privar seus filhos do contato com o pai. 

Foi difícil para Thomas entender, mas aceitou com um pouco de revolta. 

Nara cumpriu sua parte com louvor. Deu aos filhos tudo que pode, os mimou demais. Frank tornou-se um pai apenas de contato sem dar apoio a Nara. Mas ela soube conduzir seus meninos, hojes rapazes donos de suas vidas.

Com Zita continua a amizade à distância, e sempre que se despedem, é com muito carinho.

Nara continua seu trabalho e leva sua vida conformada com as flores colhidas de tudo que plantou!

“Já tive a rosa do amor- rubra rosa, sem pudor. Cobicei, cheirei, colhi. Mas ela despetalou e outra igual nunca mais vi. Muito da vida eu já quis... eu já quis, mas não quero mais...”

 

Helenita Scherma

 

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Vida em Braile

 


Não há força que impeça o amor. Não há força que empobreça a vida  ela é rica de vontades, de querer e de ser o que se quer ser.

Uma grande força de vontade superando todos os obstáculos que surgiram na frente de Giovana, a dona absoluta de nossa história, nos fala disso.

Giovana e sua irmã Bianca, eram crianças alegres que animavam e enchiam de alegria a imensa casa onde moravam com seus pais, Marcia e André.

Aos cinco anos de idade, Giovana foi diagnosticada com uma doença ocular que avançava muito rapidamente.

Aos 9 anos já não conseguia enxergar quase nada e os óculos e sua irmã eram seus amigos inseparáveis.

Giovana era muito inteligente e sonhadora, e dizia que quando crescesse queria ser advogada, casar e ter filhos. Brincava disso, falava disso e se preparava para isso.

Mesmo com um ótimo acompanhamento médico, aos 14 anos quase não enxergava, mas, muito vaidosa e orgulhosa, negava-se a usar a ajuda de um cão-guia ou mesmo a bengala branca.

Ingressou na escola de Braile e logo entrou na universidade de direito.

Primeiro passo para um de seus sonhos e o primeiro grande desafio.

Os pais a incentivaram. A irmã não queria a separação e sofreu.

Giovana animava a todos com sua força de vontade e determinação.

Ela estava feliz consigo mesma, imaginando que seria dificil, mas estava disposta.

Procurava decorar todos os caminhos e o pouco de luz que ainda lhe restava a mantinha altiva e segura de si.

Se achava capaz, não queria que ninguém se compadecesse dela pelo que ela dizia ser um detalhe da vida.

Sim, lhe fazia falta, mas com isso se desenvolveram outras capacidades.

Pelo tanto que se empenhava, tinha destaque na universidade. Não tinha muitos amigos próximos, evitando assim qualquer intimidade e perguntas que não gostaria de responder.

Do pequeno grupo de amigos, Moisés era o mais próximo. Os dois se entendiam e Giovana sentia-se à vontade com ele.

Essa amizade foi se estreitando e logo Moisés estava apaixonado por ela.

Conhecendo a sua personalidade e a insegurança que tentava esconder de todos, não sabia como falar isso para ela.

Numa das oportunidades em que estavam sozinhos, Moisés tentou abordar o assunto. Começou tímido, seu coração já entregue à Giovana, não queria causar nenhum constrangimento que a afastasse dele.

E então Giovana, o que você vai fazer nesse feriado? Iniciou ele.

Nada em especial. Acredito que estudar, ligar para minha família... sei lá.

Você não tem nenhum plano com o namorado? Arriscou ele.

Ah, Moisés, você sabe que não tenho namorado. Meu objetivo é estudar. Você conhece minha condição, quem namoraria com uma pessoa com uma limitação tão grande? E tem mais continuou ela Namorar por namorar, eu não quero não.

O que você quer? Perguntou sem mesmo pensar em sua pergunta.

Amar, ser amada, casar, ter filhos, ter uma família bonita como minha família é.

Você fala como se já tivesse desistido.

Na verdade não tenho muita ilusão. A cada dia que passa o meu mundo vai ficando mais escuro. Eu sei do que sou capaz, mas as pessoas não.

Mas eu sei – disse Moisés.

E do que eu sou capaz, meu amigo?

Você é capaz de tudo que disse ser e ter. Capaz de fazer qualquer pessoa se apaixonar por você e seguirem juntos. Sua mente tem uma luz incrível que olhos nenhum possuem.

Para de me encher de ilusão. Você diz isso porque é meu amigo.

Não, Giovana, eu falo porque estou apaixonado por você e andar com você pela vida inteira seria tudo que eu poderia querer.

Um gatilho disparou no coração de Giovana que sem saber porque, acreditou no que seu amigo lhe falara.

Os dois ficavam cada dia mais juntos e um era a luz do outro, enxergando-se cada dia mais e construindo um amor que poucos acreditavam.

Mas cresceu e firmou-se como rocha.

Formaram-se advogados e trabalhavam juntos. Giovana o auxiliava com sua grande inteligência e opiniões acertadas. Moisés era a luz dos olhos de Giovana.

Moisés aprendeu braile para lerem juntos seus livros favoritos.

Ficaram noivos e como Giovana sempre desejou, casaram num verão, numa praia escolhidas por ela, descrita por Moisés e emoldurada na imaginação de Giovana.

Ela prestou concurso e foi classificada para ser Advogada de Imigração, enchendo o amado marido de orgulho.

Moisés adaptava tudo na casa para que sua mulher não tivesse problemas de locomoção.

Os dois treinavam coisas básicas para que Giovana ultrapassasse seus limites, o que fazia com destreza.

Em seu ambiente era impossível notar-se qualquer dificuldade visual nessa mulher que a cada dia se superava.

Saíam, passeava, viajam e assim Giovana foi conhecendo o mundo através dos olhos do marido, e ele, se encantando cada vez mais pela habilidade de sua querida.

E o bebê, quando vem? Começavam as cobranças dos curiosos.

Com seu bom humor, Giovana respondia: logo que estiver pronto. Já estamos construindo.

Não demorou muito e chegou Nara, a bebê de Giovana e Moisés.

Enquanto muitos se preocupavam como eles fariam, os papais se empenhavam em desenvolver habilidades de cuidar da pequena.

Tinham pouca ajuda de fora, Giovana queria fazer por si mesma tudo que uma mãe fazia. Cuidava de Nara e tinha apenas uma motorista como ajudante.

Era admirável como se adaptava a tudo já sem a visão total, contando com os olhos de seu apaixonado marido.

A única coisa que lhe aborrecia era não poder dirigir. Dizia que a vida era vivida dentro de um carro, mas reconhecia seu avanço em muitas outras coisas e que era difícil de acreditar que ela um dia poderia fazer.

A segunda filhinha chegou e Giovana conciliava tudo de forma impressionante. Descia as escadas de sua casa correndo, o que deixava suas amigas com o coração na mão.

Tinha um fogão especial e à noite com ajuda de Moisés fazia sua comida. Já não tinha mais problemas em cozinhar para suas filhas, fazer um lanche para as amigas, colocar roupa na máquina de lavar.

Reconhecia que grande parte de levar uma vida normal devia ao marido.

Tinha alguns problemas com as pessoas que contratava para dirigir para ela, e isso a frustrava mas nunca a desanimava.

Dificuldade que acabou logo que a filha Nara tirou sua licença.

As crianças cresceram nessa harmonia de cooperação e formam uma família de ajuda e admiração uns aos outros.

Giovana garante que maior que que a luz que se perdeu em seus olhos, é a luz do amor que a faz enxergar coisas maiores todos os dias.

 Nenhum deficiente visual é puramente cego, porque os olhos da alma valem mais que as fortes lentes corretoras”

 

(Rodolfo Gaspari-Roangas)

Paixao.com

    “ Conheci um amor virtual, amor tão lindo quanto o real, sempre mando recados e depoimentos, mesmo distante tocou meus sentimentos.” ...