terça-feira, 27 de julho de 2021

Sapatos em xeque.

 


Luiza e Marcos formavam um casal bonito, apaixonados, diziam.

Tinham uma cumplicidade grande e se davam bem.

Algum tempo de namoro e os dois estavam querendo ficar juntos.

Colados.

Tudo parecia certo e estava certo, apenas com um detalhe, que Luiza expôs para Marcos.

Algo a incomodava muito numa vida a dois.

Luiza não gostava que se entrasse em casa de sapatos.

Os dois conversaram e Marcos concordou, dizendo que não tinha nada contra e que até achava válido, que isso não era um problema.  Disse que não teria dificuldade nenhuma em seguir esse acordo.

Para ele, era importante o respeito, o carinho e a confiança.

Agora morando juntos, tudo era paz. Os dois tentavam se agradar.

Marcos cumpria sua promessa e isso agradava à Luiza. Passado alguns dias, Marcos entrou de sapatos em casa o que deixou Luiza aborrecida.

Ele explicou que foi um deslize; que as vezes era desligado e se desculpou

E tudo seguia bem.

Dias depois, Marcos, mais uma vez entrou de sapatos em casa e dessa vez irritou Luiza.

 

Os dois conversaram e Marcos disse que não se sentia bem em ter que entrar em sua própria casa sem sapatos, que parecia que Luiza o queria controlar.

Luiza recordou o acordo e combinaram se acontesse ocasionalmente, com os sapatos limpos, tudo bem, para paz dos dois.

Dias depois Marcos começou a entrar em casa de sapatos quase todos os dias. Luiza perguntou o porquê dessa atitude, e dessa vez Marcos respondeu que olhou, pensou, deu vontade e entrou.

Luiza se calou.

Dentro de si percebeu que entrar de sapatos era mais que um desligamento, um gostar, era alguma forma de não se sentir controlado, dominado. Qualquer coisa que só se entende em terapia.

A confiança de Luiza em Marcos ficou em xeque.

Ela colocou em dúvida o conceito que Marcos tinha sobre respeito e se questionava se Marcos gostava mesmo dela, absorvendo uma insegurança total.

Afinal, os dois haviam conversado, entrado em um acordo e mesmo sabendo que isso a aborrecia, esse detalhe não contava muito para ele, que aparentava fingir não compreender o que Luiza sentia.

Marcos defendia que era é uma coisa pequena e que não deveria atingir a relação dos dois.

Luiza pensa que se Marcos não consegue a respeitar num motivo tão pequeno, dificilmente o fará em algo maior.

O relacionamento dos dois está em xeque.

E você, qual opinião defende?

 

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Negacionismo ativista.

 


O outono estava chegando ao fim e Teresa se preparava para o inverno. Voltando do trabalho resolveu parar em uma farmácia para atualizar sua vacina contra a gripe.

No balcão, preencheu seu prontuário, não dando importância a uma discussão que estava acontecendo ao seu lado.

Uma mulher e o farmacêutico discutiam. A discussão era sobre as vacinas, mas Teresa até então estava com os pensamentos em outros assuntos.

Sentou-se e aguardou sua vez. Quando seu nome foi chamado dirigiu-se à sala onde receberia a vacina.

Foi surpreendida pela mulher que continuava discutindo com o farmacêutico, e sem parar de discutir surpreendeu Teresa agarrando-lhe por trás ao redor de sua cintura e braços, a impedindo de entrar na sala de vacinação.

Teresa ficou paralisada e todos na farmácia se surpreenderam com a atitude.

A mulher gritava dizendo que iria salvá-la, que não iria permitir que ela colocasse em seu corpo aquela vacina, que era preparada com fetos abortados. Uma fala completamente sem nexo o que deixou Tereza em pânico.

O marido da negacionista tentava inutilmente controlar a mulher, ao que levava sempre um empurrão. Todos estavam apavorados com tamanho absurdo.

Um funcionário da farmácia também tentou separá-la de Teresa, sem sucesso.

Este mesmo rapaz tomou a decisão de ligar para a polícia.

Vendo que o rapaz estava falando com a polícia, a mulher deixou teresa e foi se ocupar em deter o rapaz, tentando tomar-lhe o telefone, ao que Teresa aproveitou a oportunidade e ajudada por uma recepcionista entrou na sala de vacinação, se trancando lá com outras moças que também estavam temerosas com o que estava acontecendo.

A policia chegou em minutos e levou a Ativista descontrolada. Teresa tomou sua vacina rodeada por uma história inacreditável.

A conversa agora era sobre até que ponto alguém tem o direito de interferir dessa forma na decisão de outra pessoa, num assunto tão pessoal que é sua própria saúde.

E você, qual sua posição nessa conversa?

 

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Conflitos corporativos


 

Ana, nova funcionária do escritório, era uma pessoa amável, mas pouco inteligente.

Pelo bom caráter e simpatia, a Empresa tentou mantê-la tentando adaptá-la em diferente setores.

Tania, encarregada de treinar Ana, estava já ficando sem paciência, uma vez que, apesar de gentil, era muito desastrada e volta e meia estragava os equipamentos onde estava treinando.

Nancy, curiosa e fofoqueira, outra funcionária do escritório, perguntou maliciosamente à Tania como estava indo o trabalho com Ana.

Tania, desabafou escrevendo um bilhete dizendo que Ana a deixava louca e era difícil trabalhar com alguém tão estúpida e ignorante quanto Ana, acrescentando ao bilhete um desenho de um rosto desesperado.

Nancy leu o bilhete, amassou e jogou no lixo.

Um acontecimento importante ocorreu três semanas depois.

Uma amiga de Nancy pediu demissão sem maiores explicações.

Era uma pessoa que só se dava bem com Nancy.

No dia de sua saída, Nancy fez um cartão de despedida e pediu aos outros colegas assinarem. Tania se negou, dizendo que não era falsa e que a desejava de coração que a outra fosse em paz. Nancy não ficou feliz.

Na hora do almoço Ana foi pegar sua sua comida na geladeira e encontrou um bilhete com seu nome. Era o bilhete que Tania havia passado para Nancy há três semanas.

Via-se que o bilhete fora amassado e recuperado. Ana, ficou arrasada, muito triste e contou o motivo porque estava chorando à sua chefe.

A chefe de Ana garantiu que iria descobrir quem havia tido uma atitude tão mesquinha.

A diretoria não aceitava aquele tipo de comportamento na Empresa e autorizou a imediata demissão do autor da bilhete.

Tania era uma pessoa de confiança no escritório e usufruía de alto conceito com seus superiores. A chefe chamou Tania e perguntou se ela poderia ajudá-la a descobrir de quem era a letra do bilhete.

Tania ficou paralisada. Confessou que era dela e que, em um momento de estresse, fez o bilhete respondendo a Nancy sobre o trabalho com Ana.

Pediu desculpas, disse que viu Nancy amassar e jogar fora o papel e não entendia como três semanas depois apareceu dentro da geladeira dirigido à Ana.

Imediatamente, Tania foi até Ana e contou que era autora do triste bilhete em um momento de estresse. As duas se entenderam. Ana desculpou e disse que a compreendia; que tinha consciência de suas dificuldades e que dava mais trabalho.

Tudo em paz? Não!

A diretoria exigia que o responsável fosse demitido. A chefe analisou a situação e ficou em dúvida sobre quem demitir.

Para você, quem deveria ser demitido?

sábado, 17 de julho de 2021

O uso de drogas e seus efeitos na familia.


 Temos, como vizinhos, uma família composta da mãe com dois filhos e uma tia,

A mãe e a tia trabalham em casa prestando serviços notadamente para alunos do curso de policia militar que ocorre aqui por perto. 

Estes serviços incluem alimentação e cuidados com roupa ( lavação e outros).

São pessoas simples e trabalhadoras.

Os filhos são uma moça que tem problemas psicológicos graves, inclusive tomando medicamentos próprios para o seu problema e um homem de trinta e poucos anos que não faz absolutamente nada.

A maior parte do dia fica deitado assistindo TV ou nas redes sociais.

À noite, diariamente, sai e vai para um local onde faz uso de crack.

Volta de madrugada e rouba da própria família celulares, computadores, eletro domésticos e outros para vender e comprar drogas.

Nas madrugadas, a mãe, preocupada, tenta sempre em vão argumentar para que não fizesse mais aquilo.

Ele, enfurecido, ataca-a e joga-a ao chão, machucando-a não tão gravemente,

A tia fica indignada, mas a mãe não deixa que ela tome providencia mais efetivas.

A policia de prevenção de violência doméstica tem conhecimento do caso e vigia  com certa frequência o local.

Estes fatos ocorrem sempre e na última ocorrência a própria mãe contrariada, mas se sentindo ameaçada,  chamou a policia para o filho.

E você, o que faria?

Chamaria a policia para o próprio filho?



Paixao.com

    “ Conheci um amor virtual, amor tão lindo quanto o real, sempre mando recados e depoimentos, mesmo distante tocou meus sentimentos.” ...