Fábio e Raquel se apaixonaram.
Um casal jovem e bonito. Fábio, muito impulsivo, quis logo casar, sendo
que no primeiro ano de casados nasceu Paulinha.
Raquel era impulsiva tanto quanto Fábio, e não demorou muito para o
casal pôr um fim a um casamento de 4 anos, de forma nada amigável.
Paulinha, a filha, era a paixão do Fábio.
Raquel o proibiu de ver a filha, o que feriu profundamente Fábio.
Entretanto, ele não lutou pelo seu direito de ver a filha e saiu de
cena.
Não demorou muito e Fábio se apaixonou novamente.
Não pensou duas vezes e casou pela segunda vez, tendo uma linda filha de
nome Eduarda, encantando novamente Fábio.
O casamento era cheio de indas e vindas e Eduarda mal completou dois
anos, veio a separação dos pais. Tumultuada
e mais confusa que a primeira.
Com o coração já ferido, Fábio, que acreditava ter superado a dor de
perder Paulinha, agiu da mesma forma, deixando Eduarda para trás e indo para
uma cidade do outro lado do País.
Queria vida nova, começar de novo e sonhava desfrutar a vida de forma
descompromissada e intensa.
Neste período Fábio conheceu Deise, que era muito diferente de Fábio e, em uma mistura de paixão e amor, o casamento deu certo.
Tiveram dois filhos. O tempo passou e Francisco, o mais velho, ouvindo a
história de que tinha duas irmãs lhe acendeu o desejo de conhecê-las.
Uma tarefa difícil, uma vez que não tinha nenhuma pista.
Francisco, já com dezessete anos, com a ajuda das redes sociais, contou
a sua história, demonstrando que gostaria muito de encontrar suas irmãs,
acrescentando os detalhes que seu pai, Fábio, lhe contara.
Paulinha, já moça, trabalhava em uma empresa de publicidade, e era atuante
nas redes sociais.
Viu a história de Francisco e ficou impressionada com a coincidência dos
detalhes narrados com a sua própria história de vida.
Ficou perturbada e não quis contar nada para mãe que ainda nutria rancor
por Fábio.
Procurou sua melhor amiga e colega de trabalho e lhe contou a história.
A amiga deu todo suporte à Paulinha e a consolou, contando que isso
acontece com muita gente, inclusive com ela.
Que poderia ser outra pessoa, até porque a história também era parecida
com a dela, Eduarda. Sim, as amigas compartilhavam da mesma história, do mesmo
pai e do mesmo irmão.
Eram irmãs e só o destino sabia até então.
As duas se olharam e choraram muito. Procuraram o Francisco que mostrou
mais provas de que os três eram os irmãos perdidos.
As duas conversaram por telefone com Fábio, mas confessaram a
dificuldade de entender o abandono.
Fabio tenta provar o quanto se arrependeu pelo seu erro e assume a
culpa. O tempo dirá se as filhas o perdoarão e tentarão recuperar o tempo que
não volta mais, mas, que poderá trazer um tempo novo para a nova família.
E você, perdoaria o Fábio?
Um comentário:
Na minha opinião a questão principal não se trata de perdoar ou não Fábio. Fábio era o que era. A beleza da história reside no fato das irmãs terem se encontrado, bem como o irmão do terceiro casamento, formando, independente de Fábio uma bela e feliz familia.
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