terça-feira, 17 de agosto de 2021

Perdas e danos.


 

Fábio e Raquel se apaixonaram.

Um casal jovem e bonito. Fábio, muito impulsivo, quis logo casar, sendo que no primeiro ano de casados nasceu Paulinha.

Raquel era impulsiva tanto quanto Fábio, e não demorou muito para o casal pôr um fim a um casamento de 4 anos, de forma nada amigável.

Paulinha, a filha, era a paixão do Fábio.

Raquel o proibiu de ver a filha, o que feriu profundamente Fábio.

Entretanto, ele não lutou pelo seu direito de ver a filha e saiu de cena.

Não demorou muito e Fábio se apaixonou novamente.

Não pensou duas vezes e casou pela segunda vez, tendo uma linda filha de nome Eduarda, encantando novamente Fábio.

O casamento era cheio de indas e vindas e Eduarda mal completou dois anos, veio a separação dos pais.  Tumultuada e mais confusa que a primeira.

Com o coração já ferido, Fábio, que acreditava ter superado a dor de perder Paulinha, agiu da mesma forma, deixando Eduarda para trás e indo para uma cidade do outro lado do País.

Queria vida nova, começar de novo e sonhava desfrutar a vida de forma descompromissada e intensa.

Neste período Fábio conheceu Deise, que era muito diferente de Fábio e, em uma mistura de paixão e amor, o casamento deu certo.

Tiveram dois filhos. O tempo passou e Francisco, o mais velho, ouvindo a história de que tinha duas irmãs lhe acendeu o desejo de conhecê-las.

Uma tarefa difícil, uma vez que não tinha nenhuma pista.

Francisco, já com dezessete anos, com a ajuda das redes sociais, contou a sua história, demonstrando que gostaria muito de encontrar suas irmãs, acrescentando os detalhes que seu pai, Fábio, lhe contara.

Paulinha, já moça, trabalhava em uma empresa de publicidade, e era atuante nas redes sociais.

Viu a história de Francisco e ficou impressionada com a coincidência dos detalhes narrados com a sua própria história de vida.

Ficou perturbada e não quis contar nada para mãe que ainda nutria rancor por Fábio.

Procurou sua melhor amiga e colega de trabalho e lhe contou a história.

A amiga deu todo suporte à Paulinha e a consolou, contando que isso acontece com muita gente, inclusive com ela.

Que poderia ser outra pessoa, até porque a história também era parecida com a dela, Eduarda. Sim, as amigas compartilhavam da mesma história, do mesmo pai e do mesmo irmão.

Eram irmãs e só o destino sabia até então.

As duas se olharam e choraram muito. Procuraram o Francisco que mostrou mais provas de que os três eram os irmãos perdidos.

As duas conversaram por telefone com Fábio, mas confessaram a dificuldade de entender o abandono.

Fabio tenta provar o quanto se arrependeu pelo seu erro e assume a culpa. O tempo dirá se as filhas o perdoarão e tentarão recuperar o tempo que não volta mais, mas, que poderá trazer um tempo novo para a nova família.

E você, perdoaria o Fábio?

 

Um comentário:

Eduardo Chiarini disse...

Na minha opinião a questão principal não se trata de perdoar ou não Fábio. Fábio era o que era. A beleza da história reside no fato das irmãs terem se encontrado, bem como o irmão do terceiro casamento, formando, independente de Fábio uma bela e feliz familia.

Paixao.com

    “ Conheci um amor virtual, amor tão lindo quanto o real, sempre mando recados e depoimentos, mesmo distante tocou meus sentimentos.” ...